Pólipos no Estômago: Quais casos merecem atenção especial?

Se você me segue aqui há um tempo, já deve ter visto eu falando sobre pólipos. Eles são pequenas lesões gástricas, assintomáticas na maioria dos casos, e são diagnosticados por acaso durante a endoscopia digestiva alta.

👉Há uma associação importante de inibidores de bomba de prótons (omeprazol e derivados) com os pólipos gástricos, sendo que seu uso por mais de 5 anos aumenta o risco do aparecimento em até 4 vezes, e a suspensão pode regredir o quadro.

👉A maioria dos pólipos, no entanto, é benigna. Raros são os casos onde causam sintomas, mas existem algumas situações que requerem um pouco mais de atenção e é sobre elas que eu vou falar hoje.

Caso em um exame se descubram pólipos, a retirada é imprescindível para saber a qual tipo histológico eles pertencem.

⭕ Dentre os pólipos que precisam de atenção, por exemplo, estão aqueles denominados HIPERPLÁSICOS, os quais têm um potencial maligno baixo, mas presente, já que elementos displásicos e neoplasia focal podem ser encontrados em até 30% destes, principalmente naqueles maiores que 1 cm ou do tipo pediculados. Estão fortemente ligados a distúrbios que inflamam ou irritam o estômago, como gastrite crônica e gastrite induzida pela bactéria H. pylori.

⭕ Pólipos ADENOMATOSOS também precisam de atenção quando diagnosticados. Neste caso, eles precisam ser removidos através da endoscopia devido ao alto potencial maligno que possuem.

Por fim, alguns estudos sugerem que a presença de pólipos do tipo hiperplásicos no estômago elevam em até 3x o risco de desenvolver adenomas colônicos, o que indicaria a realização de uma colonoscopia.

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